Ao todo, sete imóveis e 15 veículos de modelos de diferentes foram alvos de sequestro judicial
As investigações da Operação Mandatário, deflagradas na terça-feira (18), concluíram que a facção criminosa Comando Vermelho adquiria imóveis e veículos de luxo para realizar lavagem de dinheiro. O esquema contou com mão de obra especializada na prática dos crimes.
Dentre os sete imóveis alvos de sequestro judicial, estão um apartamento de luxo no Bairro Goiabeiras, em Cuiabá, e um prédio com 20 quitinetes.
Outra modalidade utilizada pela organização para a lavagem do dinheiro era a locação e compra e venda de veículos. Esses bens eram adquiridos em nome de terceiros. Ao todo, foram sequestrados 15 veículos de diversos modelos.
Além dos veículos e imóveis, foram efetuadas 10 ordens de bloqueio de contas bancárias e de investimentos totalizando um valor estimado em cerca de R$ 10 milhões de reais.
Conforme a Polícia Federal, a modalidade usada para a lavagem de dinheiro foi o emprego de mão de obra terceirizada, ou seja, os alvos da operação eram profissionais específicos, ligados à facção, especialistas em desenvolver técnicas de lavagem de dinheiro.
Em alguns dos casos, esses indivíduos prestavam serviços a outros grupos criminosos.
As investigações da Operação Mandatário visaram apenas um dos braços da organização, ou seja, em uma das modalidades em que ela atua, aquela relacionada ao recebimento, contabilidade e promoção de lavagem de dinheiro.
Prisões
Ao todo, sete pessoas ligadas à facção foram presas durante a Operação Mandatário, seis de foram preventiva e um em flagrante.
Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá e cumpridos em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Um dos alvos não foi localizado durante o cumprimento do mandado de prisão preventiva e é considerado foragido da justiça.
Dentre os alvos estava um dos líderes, que atuava como tesoureiro da organização e já estava preso na Penitenciária Central do Estado, também foi alvo de mandado cumprido nesta terça (18).
Um contador com escritório em Cuiabá também foi preso. Ele era responsável por criar empresas utilizadas por um curto período de tempo para realizar a lavagem do dinheiro oriundo do crime. A manobra, conhecida como “empresas de passagens”, era empregada para movimentar grandes quantias de dinheiro e dificultar a fiscalização por parte das autoridades.
Eram criados diversos tipos de empresas em diferentes ramos, sendo a mais comum a locação de veículos. Os carros pertenciam à organização e estavam em nomes de terceiros.
O mandatário, membro que deu origem ao nome da operação, também estava entre os alvos. Formado em Direito, com carteirinha apenas de estagiário, o homem era responsável por cumprir as ordens do tesoureiro do lado de fora da prisão.
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